Você trás o inferno em suas palavras.
E o coloca dentro de mim.
Você é a foice da morte no acoite do verbo,
O corte da dor na eloqüência da morte.
Você é a falta de misericórdia dos brutos,
A teimosia na discórdia dos imbecis.
Cada gesto que desdiz a palavra que contradiz,
A ignorância que dispensa comentários,
Porque grita o que acredita ser.
Você é o tirano que exige obediência
O senhor que castiga na demência
Você é o arrependimento daquilo que não devia ter sido
O tormento do que não devia ter vingado.
O lado mais podre do que parecia ser bom,
O odor mais fétido ferindo meus sentidos,
O pior monólogo ofendendo meus ouvidos,
Você é um soneto ruim, uma música nefasta,
Você é a pior obra de um artista louco.
Perdeu seu cavalo branco, perdeu sua armadura,
Perdeu seus encantos, perdeu a magia.
Você é o que sobrou de um sonho derradeiro
O último sonho que eu poderia sonhar.
Miriam Castilho
muito bom miriam
ResponderExcluirescreva sempre :-)