sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mácula




Meu amor imaculado,
vestido em versos alvos,
agora manchado de sangue.

Seu amor pecaminoso,
despido de qualquer escrúpulo,
agora adornado de falsa virtude.

Quem é o senhor dos céus e administrador das trevas para onde vôo e

por onde caminho?

Presas alvas como meus versos,
despe minhas virtudes e macula minha alma com teu sexo.

Pulsa em mim o teu verdadeiro desejo de sorver aos poucos o que te deixa louco.


Jugular, dentes, mordida.


Em um breve momento orgasmo, êxtase, prazer e dor...


Eternidade...quase amor.

MIRIAM CASTILHO