sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mácula




Meu amor imaculado,
vestido em versos alvos,
agora manchado de sangue.

Seu amor pecaminoso,
despido de qualquer escrúpulo,
agora adornado de falsa virtude.

Quem é o senhor dos céus e administrador das trevas para onde vôo e

por onde caminho?

Presas alvas como meus versos,
despe minhas virtudes e macula minha alma com teu sexo.

Pulsa em mim o teu verdadeiro desejo de sorver aos poucos o que te deixa louco.


Jugular, dentes, mordida.


Em um breve momento orgasmo, êxtase, prazer e dor...


Eternidade...quase amor.

MIRIAM CASTILHO

Um comentário:

  1. Não há como negar, Miriam, os vampiros são almas errantes e sofredoras, não é mesmo? Não têm como dividir seu espaço, compartilhá-lo com amor por outrem... os poemas vampíricos são carregados de êxtase e melancolia, prazer e dor - energias opostas entre sí que acabam por equilibrar-se nesses seres que imperam na Escuridão... E não há como deixá-los de lado, seguir meu curso sozinho sem, ao menos, sentir estranhos arrepios, principalmente num momento tão singular como neste exato momento! Valeu, foi muito legal ter passado por aqui pra visitar teu cantinho soturno e deixar uma marca... espero retornar mais vezes - isto é, se a taramela não estiver trancada... 1 forte abraço e 1 beijo meus,

    the ^..^ Osmar.

    ResponderExcluir