segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tempestades.

Sempre adorei as tormentas com ventos fortes e cheiro de terra vindo de algum lugar distante, sempre sai na varanda nestas horas para farejar no ar esse cheiro e sentir no corpo a força do vento, deixando que ele levasse para longe meus medos e que a chuva lavasse minha alma, mas agora estou no meio de uma tempestade que está demorando muito a passar.
Já não tenho a mesma coragem para enfrentar as intempéries da vida, e sou eu que me revolto...
Faço coisas doidas, tomo atitudes estranhas, erro propositadamente, e pior, não me arrependo.
Acho que cansei de fazer tudo certo, ou pelo menos tentei, mas isso de nada valeu, minha vida descambou, meu coração se partiu, sinto-me sozinha, sozinha e má, porque minha piedade parece estar voltada para mim mesma.
Eu queria mesmo era esmagar o mundo nas mãos com as pessoas nele gritando de dor por cada osso quebrado, ver o sangue da humanidade escorrendo entre meus dedos, gargalhando e me vingando do mundo!


MIRIAM CASTILHO.

2 comentários:

  1. Ui... Senti meus ossos esmagados.

    Mas ó... Aperta, esmaga, me joga na parede, me chama de lagartixa, mas diz que me ama!!! kkkkkk

    Beijos! E força ai. Essa tempestade vai passar.

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  2. amiga, vou deixar meu breve comentário.
    tormentas somos nós em constante busca e às vezes, nem conseguimos definir o que buscamos, pois nos repetimos, em erros e risadas, em choros e verdades, mas continuamos com as mesmas marcas no rosto e por elas, nos reconhecemos.
    fica bem e beijo
    da amiga EU

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